domingo, 23 de fevereiro de 2014

tarde de mais?

Talvez seja tarde demais para mudar as cores, mudar os destinos, os desejos as crenças sei lá. Qual será o limite para não ser tarde de mais? Qual o prazo dos sonhos, dos quereres e dos amores? Temos prazo? Temos que nos aguentar pois já passamos do prazo, não sei, mas sei que os sonhos, as cores, os desejos e os amores não morrem mesmo que tenham passado de prazo.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

para ti irmão

Estaca zero, é onde tudo começa. É no momento X.
"Porquê?" é a pergunta que mais vezes não tem resposta, por não se saber, por não se querer dizer. Mas sem resposta é como ficamos. Sem resposta, à toa, sem saber se nos havemos de sentir culpados, frustados, irritados mas sem resposta.
E agora, como é que é? O que é que eu faço, por onde vou? Só me apetece é gritar, atirar os pratos, perdoar, não perdoar...
Porra, já não sei nada...
Doi mas não sei porquê, por estar frustrado, irritado, ferido, mas doi e eu odeio dor.
Cá estou eu na estaca zero onde tudo acabou, onde tudo começa agora, de novo. Perder nem que seja feijões num jogo de cartas não tem graça nenhuma, olhar para trás, comparar, não adianta, nada acresce, só fica a dor, e a dor não passa. Já Brel diz que não esquecemos nada, nada de nada,  habituamo-nos e é tudo.
Mas agora é também tudo novo, as regras são nossas, as decisões são nossas, e mais,  aqui a este sitio de dor e decepção já não voltamos, podemos ir a outro mas a este nunca mais. E isso, essa certeza,  já não é nada mau, é pelo menos um passo na direcção certa, para a frente, para trás mija a burra.
Sabes irmão o momento X a estaca zero, não é o pior sítio para começar tudo de novo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Remar contra a maré é um esforço inglório, que nos deixa sem forças e na maior parte das vezes ás voltas no mesmo lugar.
Sentimo-nos tentados a ser consumidos pela corrente, mas temos medo de nos afogar.
Talvez seja melhor esperar e ver aonde  nos leva a maré. Se nos despedaça nas rochas ou acabamos num paraíso tropical...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

seguir em frente


Hoje vou apagar as sombras e deixar entrar a luz. Vou deitar fora as cartas amarelecidas, a roupa que já não me serve, mas que eu tinha esperança que voltasse a servir. Vou rasgar os papeis velhos, os trapos, os sapatos que nunca usei. Atirar para o lixo tudo o que já não serve e que nunca servirá. Hoje vou virar a página ao livro que não escrevi. Vou começar a olhar em frente, sem medo de cair no chão. Vou enfrentar o escuro, sem medo do que não está lá. Vou seguir em frente sem nunca mais olhar para trás.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Voltar atrás para quê...

E se pudesses voltar atrás mudarias o quê, tudo, nada alguns detalhes?
Se soubesses o que sabes hoje mudaria alguma coisa?
Não sei o que faria, pois já não sou a mesma pessoa que viveu no passado, mudei. As escolhas que fiz no passado, tinham a ver com quem eu era, agora já não sou a mesma,sou outra.
Errei muitas vezes e vou continuar a errar, é o que sou e o que faço. Se voltasse atrás não faria o mesmo provavelmente, mas faria melhor? Talvez não. Só lamento que no processo tenha magoado alguém e me tenha magoado a mim mesma.
A vida talvez não me tenha trazido aonde eu queria, mas trouxe-me aonde eu deveria estar.

domingo, 18 de novembro de 2012

50

50 …

Este número é mágico, tem um significado muito mais profundo do que se possa supor.

Chegaste ao final da primeira metade, agora começa a segunda parte. Dizem as más-línguas que a segunda metade é a melhor metade.

Será???

Tenho a certeza que sim!!!

Então que hoje seja o primeiro dia do resto da tua vida.

Que seja o primeiro de muitos despertares fantásticos junto daqueles que mais prezas. Que possas acordar cada dia com vontade de mais e mais, e que não te fiques pelo desejo, põe em pratica o que desejas.

Suprime o que não interessa, substitui o que se partiu, avança com os teus planos, por mais loucos que te pareçam, não tenhas medo de viver, vive apenas por ti e para ti, não deixes nunca que as sombras te façam sombra.

O sol brilha todos os dias, nem que seja na cochinchina. Por isso aplica um bom creme protector e vai á luta, que a vida não espera.

Espera o inesperado, pensa o impensável, transforma o intransformável…

Vive os próximos 50 anos sem te preocupares com o que não é preocupável, mas apenas com o teu belo umbigo e faz o melhor que possas…

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Restauração



Perdemos o nosso olhar no nevoeiro e esperámos em vão pelo Salvador Sebastião, aquele que haveria de trazer a restauração do nosso orgulho, bem que colocámos uma pequena estátua na estação dos comboios no Rossio, numa esperança vã que este inspirado pela visão de tal homenagem se metesse a caminho. Mas, qual quê, não veio, nunca apareceu. O tempo foi passando e entretanto continuámos apostados com um intenso fervor, na vinda de um salvador, inventamos uns novos, apostamos neles, e como vimos até aqui a única coisa salva, foram os bolsos de alguns, a única recompensa que recebemos pela nossa espera e confiança foi uma mão cheia de coisa nenhuma. E se apostássemos agora em nós povo, e se a única salvação fossemos nós, e se fossemos nós o SEBASTIÃO, que necessitamos. Poderiamos se quisessemos, podemos sempre dizer NÃO. Podemos exigir que os responsáveis pela crise paguem caro pelo abuso que fizeram e fazem do poder que NÓS lhes concedemos, podemos exigir a sua prisão, podemos exigir que uma solução justa e equitativa para esta crise seja encontrada e posta em prática, PODEMOS? NÃO! DEVEMOS! Devemos a nós próprios a restauração do nosso orgulho, a restauração da segurança para aqueles que trabalharam uma vida inteira, e que contam agora os tostões para comer, a restauração da confiança dos jovens, em que o futuro está aqui, no país onde nasceram, a restauração do amor próprio dos pais, que querem trabalhar para dar de comer aos filhos, sem ter de ir para a fila da sopa dos pobres, a restauração do orgulho em ser recompensado por um trabalho bem feito, a restauração do conceito que com o trabalho podemos construir um futuro digno e não apenas subsistir.

Devemos a nós próprios esta restauração, acabem lá com os feriados se quiserem, mas com a nossa dignidade NÃO!