
Saudade
Com três sílabas apenas se escreve a palavra saudade. Sau-da-de, aparentemente a palavra que nos define como povo, aquela que só existe no vocabulário português. E no dicionário diz: lembrança triste e suave de um bem passado, nostalgia. (isto entre outras definições, evidentemente).
Ora bem, significa isto que somos um povo triste, que vive nostálgico e suavemente a pensar num bem passado?
É verdade que somos um povo triste, nostálgico, de facto.
Porquê, ultrapassa-me completamente. Saudade, saudade de quê? De-feitos passados, defeitos sim, temos muitos, feitos que passaram? Oh amigos, passaram! O que lá vai, lá vai. Sempre pensei que apesar de também ter três sílabas, saudade não rimasse com inércia, mas pelos vistos rima.
Nunca vi um povo como nós, assim tão parado, tão sentado, á espera que algo de bom nos invada e que transforme as nossas vidas, como a pobre da cinderela.
Entregamo-nos ingenuamente ás fadas madrinhas á espera que elas nos levem ao baile do século. Ah! Sim! A roupa é nova, dançamos até á meia-noite, e depois, depois lá vêem os trapos, a esfregona e voltamos ao mesmo. Mas, claro fica-nos a saudade, daquele pouco tempo de glória em que fomos os reis do baile e todos encantámos com a fatiota cheia de brilho.
Vivemos afastados dos séculos, não é de agora, qualquer historiador dirá que o espírito português sempre foi diferente, não sei se diferente ou apenas ausente. Talvez tenha sido apenas o tamanho que nos inibiu, nos impediu de fazer frente ao século vigente. Temos que pensar, que não é o traje que nos faz, deixar de lado as roupagens, que são apenas adereços e mergulhar de cabeça no trabalho, é uma vassoura o que temos nas mãos? Não faz mal, ao menos que fique bem limpo, sem saudade. Como diz o poeta Chico:.. a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu…
É melhor seguir em frente, sem nostalgia, agarrar o futuro, pensar que português não rima com tacanhez, mas sim com força, sensatez, paixão, brio.
Quero dizer, sim, somos diferentes, não pelas caravelas de velas já desfeitas, mas pelo brilho do nosso olhar, um olhar português…
Com três sílabas apenas se escreve a palavra saudade. Sau-da-de, aparentemente a palavra que nos define como povo, aquela que só existe no vocabulário português. E no dicionário diz: lembrança triste e suave de um bem passado, nostalgia. (isto entre outras definições, evidentemente).
Ora bem, significa isto que somos um povo triste, que vive nostálgico e suavemente a pensar num bem passado?
É verdade que somos um povo triste, nostálgico, de facto.
Porquê, ultrapassa-me completamente. Saudade, saudade de quê? De-feitos passados, defeitos sim, temos muitos, feitos que passaram? Oh amigos, passaram! O que lá vai, lá vai. Sempre pensei que apesar de também ter três sílabas, saudade não rimasse com inércia, mas pelos vistos rima.
Nunca vi um povo como nós, assim tão parado, tão sentado, á espera que algo de bom nos invada e que transforme as nossas vidas, como a pobre da cinderela.
Entregamo-nos ingenuamente ás fadas madrinhas á espera que elas nos levem ao baile do século. Ah! Sim! A roupa é nova, dançamos até á meia-noite, e depois, depois lá vêem os trapos, a esfregona e voltamos ao mesmo. Mas, claro fica-nos a saudade, daquele pouco tempo de glória em que fomos os reis do baile e todos encantámos com a fatiota cheia de brilho.
Vivemos afastados dos séculos, não é de agora, qualquer historiador dirá que o espírito português sempre foi diferente, não sei se diferente ou apenas ausente. Talvez tenha sido apenas o tamanho que nos inibiu, nos impediu de fazer frente ao século vigente. Temos que pensar, que não é o traje que nos faz, deixar de lado as roupagens, que são apenas adereços e mergulhar de cabeça no trabalho, é uma vassoura o que temos nas mãos? Não faz mal, ao menos que fique bem limpo, sem saudade. Como diz o poeta Chico:.. a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu…
É melhor seguir em frente, sem nostalgia, agarrar o futuro, pensar que português não rima com tacanhez, mas sim com força, sensatez, paixão, brio.
Quero dizer, sim, somos diferentes, não pelas caravelas de velas já desfeitas, mas pelo brilho do nosso olhar, um olhar português…
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